domingo, 6 de fevereiro de 2011

Mídia, poder e política: pactos nos anos de FHC no planalto


Análise de Luis Nassif, no artigo “PSDB, a impossível reconstrução”. Muito bom o texto, especialmente na parte que - para mim esclarece muito sobre - o papel do Ministério das Comunicações na pessoa do Sérgio Motta durante o governo FHC, contribuindo para o que está acontecendo com "aquele" partido agora. Até Wikipedia detona o antigo ministro das Comunicações.

Reparem, no texto completo, os parágrafos seguintes a "Essa imagem garantia adesão de segmentos amplos da classe média, um pacto com a mídia e permitia ao partido ser um imã, atraindo boas ideias dos segmentos modernizadores do país. Nem precisava se esforçar".

Parece que após 2002 começamos a viver uma lenta, mas progressiva desconstrução da influência desse pacto em nossa sociedade, e creio que muita coisa boa virá pela frente, com a participação da sociedade menos manipulada, e lutando pela democratização nos meios de comunicação, regulação do setor etc. 


“O drama do PSDB – que compromete seu futuro político – é enorme. Tinha uma imagem pública que se esboroou no período FHC-Serra.

Essa imagem garantia adesão de segmentos amplos da classe média, um pacto com a mídia e permitia ao partido ser um imã, atraindo boas ideias dos segmentos modernizadores do país. Nem precisava se esforçar.

Grosso modo, no período pré-Internet três grupos participavam da formação da imagem de partidos, personagens, produtos.

No primeiro nível, os formadores de opinião, conjunto restrito de economistas, acadêmicos, jornalistas, empresários, lideranças civis, especialistas setoriais que identificam virtudes ou defeitos e formavam o primeiro e mais consistente julgamento.
No segundo nível, os propagadores de opiniões, influenciados pelo primeiro grupo. Integram esse conjunto colunistas da velha mídia (alguns poucos são do primeiro nível), editores, âncoras de rádio e TV e, num plano mais amplo, a estrutura de opinião de rádios e TVs por todo o país, operando como caixa de ressonância.

No terceiro nível, o eleitor propriamente dito, a maior parte dos quais se escuda em ideias vagas sobre o tema analisado, impressões apenas, formadas a partir de ecos do debate no segundo nível.

Apesar do circuito se mover muito mais por impressões e formação superficial de imagem, se não tiver bem alicerçado no primeiro nível, dança”.

Leia o texto completo em Luis Nassif Online clicando aqui.

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